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Índia e Paquistão acertam formato de negociações de paz

A Índia e o Paquistão fecharam um acordo sobre uma agenda básica de negociações de paz depois de três dias de discussões preparatórias que terminaram nesta quarta, dia 18, disseram autoridades paquistanesas. Os secretários das Relações Exteriores dos dois países devem se reunir em maio ou junho para dar início a negociações sobre temas como a disputa em torno da Cachemira e da questão nuclear.

Em julho, representantes de outros ministérios se encontrarão para abordar uma série de assuntos, entre os quais os laços econômicos, os contatos entre nacionais e as disputas sobre recursos hídricos, fronteiras marítimas e a geleira de Siachen. Os chanceleres reúnem-se então em agosto para reavaliar o progresso das negociações, disse o secretário das Relações Exteriores do Paquistão, Riaz Khokhar, depois de se encontrar com seu colega indiano, Shashank.

– Os dois lados concordaram em dialogar sobre vários temas com o desejo sincero de conversar e de chegar a um acordo de paz para todas as questões bilaterais, incluindo a de Jammu e Cachemira – disse Khokhar.

Os dois países se enfrentaram por três vezes desde que se tornaram independentes da Grã-Bretanha, em 1947. Duas dessas guerras foram deflagradas pela disputa em torno da Cachemira. Em 2002, um quarto conflito esteve perto de eclodir. Os dois países pretendem partir do ponto em que as negociações foram interrompidas, em 1999. Aqueles esforços foram definitivamente abandonados em julho de 2001.

Segundo diplomatas, há sinais de que os dois lados desejam realmente avançar rumo a um acordo de paz definitivo e evitar as armadilhas que acabaram com as tentativas anteriores de resolver suas diferenças. A Índia e o Paquistão também parecem querer aproveitar o momento favorável surgido depois do encontro de janeiro entre Musharraf e o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee.

No entanto, ainda há muitas diferenças a serem superadas, em especial na questão da Cachemira indiana. Em 2002, mais de 1 milhão de soldados foram concentrados na fronteira entre os dois paises depois de um atentado contra o Parlamento indiano. O governo da Índia acusou ativistas patrocinados pelo Paquistão de terem realizado a ação. Os dirigentes paquistaneses negaram envolvimento no ataque.

As informações são da agência Reuters.

 
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