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As autoridades eleitorais da Venezuela determinaram que sejam submetidas a novas checagens dezenas de milhares de assinaturas do abaixo-assinado no qual se requer a realização de um plebiscito sobre a continuidade ou não do mandato do presidente Hugo Chávez. A decisão das autoridades, divulgada na noite de terça, dia 24, coloca em risco os planos da oposição de realizar o plebiscito, inicialmente planejado para ocorrer neste ano.
Os líderes oposicionistas reagiram com fúria ao anúncio e acusaram o Conselho Nacional Eleitoral de trabalhar junto com Chávez para tentar impedir a votação. A oposição prometeu organizar protestos de rua para pressionar as autoridades eleitorais. O presidente venezuelano está no poder desde que venceu as eleições de 1998.
Francisco Carrasquero, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, disse que cerca de 148 mil formulários do abaixo-assinado pró-plebiscito seriam submetidos a novas análises. Segundo Carrasquero, algumas caligrafias pareciam ter sido repetidas. Isso afetaria mais de 1 milhão de assinaturas, ameaçando os planos da oposição de convocar o plebiscito contra o presidente.
– Os formulários do abaixo-assinado com caligrafias semelhantes estão sendo analisados e terão de ser reconfirmados – afirmou Carrasquero.
A decisão do Conselho Nacional Eleitoral significa que dezenas de milhares de eleitores serão convocados para confirmar suas assinaturas. Para os líderes da oposição, a exigência de novas checagens é uma tentativa de minar o plebiscito.
– O Conselho Nacional Eleitoral está realizando uma fraude contra a soberania popular – afirmou Enrique Mendoza, líder da coalizão oposicionista.
As informações são da agência Reuters.
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