O oeste catarinense teve 41% de chuva a menos em fevereiro do que a média histórica. De acordo com dados da Estação Meteorológica da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) em Chapecó, foram 116,1 milímetros registrados em fevereiro, contra 198,7 da média.

Em janeiro, já havia chovido menos do que o normal, com 162,6 milímetros contra uma previsão de 186,6. Mas o pior ainda é em março, com apenas 0,2 milímetro na primeira semana. Dificilmente a média de 127,3 será atingida.

A previsão para os próximos dias é de apenas algumas pancadas de chuva em pontos isolados, o que não resolve para recuperar os mananciais que estão abaixo do nível normal. Alguns rios, como o Quilombo, que atravessa o município homônimo, tem apenas um filete de água que corre entre as pedras que normalmente ficam submersas.

Na maioria dos municípios da região, não chove consideravelmente desde o ano passado, como é o caso de Xaxim e Coronel Freitas. Em Coronel Freitas, são mais de 90 dias em situação de emergência.

Em todo o Estado, são 56 municípios que decretaram emergência, embora somente 53 foram oficializados pela Defesa Civil. Destes, 40 decretos são por motivo de estiagem.

O último a decretar foi Guatambu, no final da tarde de sexta, 5. O município enfrenta dificuldade para abastecimento de água tanto para o consumo humano, quanto animal.

Também são registradas perdas na agricultura, nas lavouras de milho, soja e feijão. Em todo o estado já são computados R$ 128 milhões em perdas, de acordo com levantamento do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina.

Outros municípios devem encaminhar decreto de situação de emergência nos próximos dias. A Defesa Civil de Concórdia realiza reunião na manhã desta segunda, 8, para decidir se também vai adotar o decreto. A captação do rio Suruvi, que abastece a cidade juntamente com o Jacutinga, foi suspensa.

As informações são do Diário Catarinense.

Confira a previsão meteorológica no clicTempo.