A seca que aflige o Rio Grande do Sul já levou 92 municípios à situação de emergência. Apenas nesta terça-feira, dia 9, 15 cidades decretaram isso oficialmente. Os comunicados mais recentes foram feitos pelas cidades de Paim Filho, São Borja, Alpestre e Amaral Ferrador.

A estiagem que afeta lavouras e a pecuária principalmente das regiões Noroeste e das Missões é ainda um desafio aos dois principais institutos meteorológicos do país. Especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desconhecem a causa do fenômeno, mas advertem que há risco de as chuvas ficarem abaixo da média até maio.

Segundo o chefe do Centro de Análise e Previsão do tempo do Inmet, Francisco Diniz, desde a segunda quinzena dezembro, houve uma mudança na circulação dos ventos sobre a América do Sul que determinou a condição mais seca. A nova configuração faz com que frentes frias passem rapidamente pelo Estado, estacionando no Sudeste.

O fenômeno é considerado relativamente comum, mas não é possível descrever sua causa nem prevê-lo porque é criado por variações das condições atmosféricas. A análise de satélites indica uma baixa de umidade nos próximos três meses.

Em visita ao Rio Grande do Sul no último fim de semana, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, garantiu ajuda aos municípios atingidos pela estiagem. Rossetto ressaltou que as medidas terão repercussão a curto e médio prazos, com o levantamento dos prejuízos, monitoramento de colheita das safras de milho e soja e apoio à lavoura de inverno. Com informações da Rádio Gaúcha.

A Defesa Civil envia nesta quarta-feira, dia 10, mais uma equipe para a região de Passo Fundo. Seis equipes já estão no Interior fazendo levantamento dos prejuízos. As vistorias foram retomadas na segunda-feira.