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Aos gritos de "covardes'' e "assassinos'', cerca de 8 milhões de manifestantes enfrentaram a chuva nas ruas da Espanha, nesta sexta, dia 12, para condenar o pior atentado na história do país, que matou pelo menos 199 pessoas. A TV estatal espanhola estima que até 11 milhões de espanhóis podem ter saído às ruas para protestar.
A família real e o primeiro-ministro José María Aznar lideraram a passeata em Madri, acompanhados pelo premiê da Itália, Silvio Berlusconi, e pelo comissário (presidente) da União Européia, Romano Prodi.
"Basta de assassinatos'', diziam cartazes na multidão, que transformou a principal avenida de Madri em um mar de guarda-chuvas que ocupava mais de três quilômetros. A cidade praticamente parou. "Estávamos todos naquele trem'', afirmava outro cartaz, em referência às 10 bombas que destruíram quatro trens de subúrbio em três estações na quinta, dia 11, ferindo 1.450 pessoas.
– Estou aqui para homenagear os mortos e protestar contra o terrorismo – disse Alfredo Bonilla, 56 anos. – Não sei quem fez isso, mas não importa. Seja quem for, são criminosos! – concluiu.
Um porta-voz policial disse que os agentes que sobrevoavam a manifestação de helicóptero estimaram a presença de mais de 2 milhões de pessoas em Madri. Em Barcelona, cerca de 1,2 milhão de pessoas participaram das manifestações. Houve protestos também em quase todas as principais cidades espanholas como Bilbao, Sevilha, Valência, Zaragoza, Oviedo, Pamplona e Cádiz.
As autoridades inicialmente atribuíram os atentados à organização separatista basca ETA, apesar de o grupo negar repetidamente sua participação. Agora, o governo diz que os bascos continuam sendo os principais suspeitos, mas que não se descarta a ação de militantes islâmicos, com a rede Al-Qaeda.
Muitos manifestantes se enrolaram em bandeiras espanholas ou usaram crucifixos negros. Postes normalmente ocupados por publicidade foram cobertos por laços pretos. Entre os
manifestantes havia jovens e idosos. Muita gente
trazia velas e tocava tambores.
Veja imagens dos ataques em Madri
Com informações da agência Reuters.
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