Israel matou nesta quarta, dia 17, quatro palestinos em dois ataques com mísseis contra um campo de refugiados de Gaza. O país começou na véspera o que classificou como uma ofensiva sem descanso contra militantes após dois atentados suicidas em um estratégico porto israelense. Nessa terça, dia 16, três helicópteros dispararam mísseis contra a casa de um comandante do grupo Jihad Islâmica na Cidade de Gaza, matando dois palestinos. O comandante escapou com ferimentos leves.

Confrontos surgiram no campo de refugiados de Rafah na quarta, quando tropas israelenses, com apoio de tanques, entraram e demoliram diversas casas palestinas, atraindo fogo de grupos de militantes. Escolas do campo de Rafah mandaram as crianças para casa por temores de novos ataques aéreos. Helicópteros israelenses podiam ser vistos sobre toda a Faixa de Gaza.

O gabinete de Israel decidiu nessa terça adotar uma ação militar contínua contra militantes de Gaza para evitar que eles declarem vitória caso o primeiro-ministro Ariel Sharon coloque em prática o plano de retirada de assentamentos judaicos do território.

O ataque suicida do último domingo, dia 14, que matou 10 israelenses no porto de Ashdod, irritou os chefes da segurança de Israel porque os palestinos conseguiram passar pela cerca ao redor de Gaza pela primeira vez em quase três anos e meio de conflito.

Palestinos armados esperam por uma incursão israelense em larga escala na Faixa de Gaza, onde 7,5 mil colonos judeus vivem em meio a 1,3 milhão de palestinos.

As informações são da agência Reuters.