A Casa Branca prometeu nesta quarta, dia 17, permanecer no Iraque e "terminar o trabalho para o povo iraquiano". A decisão foi anunciada apesar da explosão de bombas em Bagdá, que frustrou os esforços do presidente George W. Bush de capitalizar em cima dos progressos obtidos durante um ano de ocupação no Iraque.

Três dias antes do primeiro aniversário da invasão norte-americana no país, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que Washington não vai sair do Iraque até que a democracia esteja estabilizada lá.

– Vamos cumprir esse teste com força e determinação. A democracia está ganhando forma no Iraque e não há volta para isso. É o melhor momento para testar. Vamos ficar e terminar o trabalho para o povo iraquiano – disse McClellan.

O candidato democrata à Presidência nas eleições de novembro, John Kerry, criticou o presidente George W. Bush alegando que as tropas dos EUA estão presas no Iraque sem nenhuma previsão de saída.

– Ainda estamos atolados no Iraque – e o governo teimosamente insiste nas fracassadas políticas unilaterais que afastam... os aliados. Mas a resposta não é a perseguição teimosa das mesmas políticas arrogantes; a resposta ao fracasso não é mais do mesmo. Em vez disso temos que nos voltar mais efetivamente para a comunidade internacional –  disse o senador de Massachusets.

O vice-presidente Dick Cheney defendeu Bush e atacou Kerry em discurso na Califórnia. Segundo Cheney, a política norte-americana tem de ser clara e consistente em seus propósitos. O vice-presidente disse ainda que os líderes norte-americanos, acima de todos os comandantes, "têm de estar confiantes na causa de nossa nação e não pode vacilar até que o perigo contra nosso povo esteja totalmente removido".