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Pacifistas de todo o mundo, animados com a derrota eleitoral do governo espanhol, que apoiava a guerra no Iraque, farão manifestações neste sábado, dia 20, pedindo o fim do conflito e do terrorismo. Os protestos, que marcam o primeiro aniversário do início da guerra contra o Iraque, em 20 de março, serão organizados pelos mesmos grupos que em 15 de fevereiro de 2003 levaram milhões de pessoas às ruas de todo o mundo para tentar, sem sucesso, impedir o começo do conflito.
Sob o slogan "O mundo ainda diz não à guerra", Nova York e San Francisco devem abrigar as maiores manifestações nos Estados Unidos, onde o presidente George W. Bush está acuado pelo fracasso na busca da armas iraquianas de destruição em massa, cuja suposta existência era a justificativa para a guerra.
– Estamos tremendamente inspirados pelo povo espanhol, que usou uma ferramenta, o seu voto, para dizer: "Vamos rejeitar um governo que enviou nossas tropas ao Iraque, e elegermos um governo que prometeu trazê-las de volta" – afirmou Leslie Cagan, militante do grupo Unidos pela Paz e a Justiça e organizadora do protesto de Nova York.
No último domingo, apenas três dias depois dos atentados contra trens que mataram 202 pessoas em Madri, os espanhóis impuseram uma surpreendente derrota ao Partido Popular do premiê José María Aznar, importante aliado de Washington. Os vitoriosos socialistas anunciaram que devem retirar as tropas espanholas do Iraque.
Na França, organizadores dizem que não prevêem um tom antiamericano nas manifestações, embora os atentados de Madri tenham provocado uma mudança na mensagem da passeata, que agora condena tanto a guerra quanto o terrorismo. A entidade Pare a Guerra, que organiza uma marcha no sábado no centro de Londres, diz que pretende ressaltar a crença de que as políticas dos EUA e da Grã-Bretanha na verdade ampliam a ameaça terrorista.
Com informações da agência Reuters.
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