O Exército norte-americano acusou neste sábado, dia 20, seis soldados de cometeram atos cruéis, maus tratos e agressões no Iraque, como resultado de uma investigação criminal a respeito das queixas de um prisioneiro que diz ter sofrido abusos. O general Mark Kimmitt, subchefe de operações militares dos EUA no Iraque, disse que os soldados, todos de um batalhão policial-militar, foram suspensos enquanto são realizadas novas investigações, antes do julgamento.

– Eles receberam acusações criminais que incluem conspiração, prevaricação, crueldade, maus tratos, agressões e atos indecentes contra terceiros – disse o militar a jornalistas.

Ele não divulgou nomes ou patentes dos acusados.

– A coalizão leva absolutamente a sério todos os relatos de abusos contra presos, e todas as acusações de maus tratos são investigadas. Estamos comprometidos em tratar todas as pessoas sob o controle da coalizão com dignidade, respeito e humanidade – afirmou.

Os maus tratos teriam ocorrido em novembro e dezembro, e suas vítimas seriam cerca de 20 detentos da prisão de Abu Ghraib, zona oeste de Bagdá. A investigação começou em janeiro.  Abu Ghraib, notória prisão do regime de Saddam Hussein, é onde os militares dos EUA agora mantêm milhares de prisioneiros, a maior parte deles capturados sob suspeita de cometerem ataques contra as tropas.

Kimmitt disse que 17 militares foram suspensos ou transferidos durante a investigação.

Não é o primeiro caso de abuso a prisioneiros no Iraque ocupado. Em 5 de janeiro, o Exército disse que três soldados foram desligados da corporação por terem cometido maus tratos contra prisioneiros iraquianos em outro local.

Os três foram condenados por socarem, chutarem e importunarem prisioneiros no quartel Bucca, no sul do Iraque. Eles podem ser sentenciados a até 25 anos de prisão por todas as acusações. Os soldados alegam que agiram em defesa própria.

As informações são da agência Reuters.