Numa reunião a portas fechadas com o secretário da Agricultura gaúcho, na sede do órgão em Porto Alegre, José Hermetto Hoffmann, os produtores e agroindústria de suínos do Estado tentarão livrar seu produto da proibição de deixar a zona tampão na fronteira com a Argentina e Uruguai. No Noroeste gaúcho, concentra-se cerca de 50% da produção dos animais para abate e unidades importantes de industrialização das marcas Chapecó, Aurora e Sadia. São pólos situados em Santa Rosa, Três Passos e Frederico Westphalen. Diretor da Associação Gaúcha de Criadores de Suínos (AGCS), Valmor Vargas de Barros, diz que a entidade argumentará que o sistema de produção em confinamento garante menor risco de a febre aftosa contaminar os animais. O temor do setor é que a proibição de a produção sair da zona tampão, que sofrerá nova vacinação anti-aftosa, paralise a atividade industrial na região. A reunião teve um rápido intervalo agora há pouco. Hoffmann recebeu num contato telefônico com o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, a decisão de o Estado vizinho ficar fora da zona tampão. Portanto, a vacinação do rebanho foi afastada. Confira a cobertura da polêmica da volta da vacinação nos dois Estados.