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A tarefa mais difícil do novo ministro das Relações Exteriores da França, Michel Barnier, será reaproximar o país dos Estados Unidos. Seu perfil moderado é visto como mais apropriado do que o entusiasmo de seu antecessor no cargo, Dominique de Villepin. Barnier, 53 anos, ex-comissário da União Européia, assumiu o cargo nesta sexta, dia 2, em uma reforma ministerial imposta pela derrota do governo conservador nas eleições regionais.
Um jornal francês chamou-o de um "europeu trabalhador, sem estilo", mas, segundo analistas, essas características podem ajudá-lo a retomar os laços da França com os EUA, abalados devido à forte oposição do governo francês à guerra contra o Iraque.
– Algumas pessoas em Washington vão certamente abrir garrafas de champanhe hoje. Mas há menos para celebrar na chegada de Barnier que na saída de Villepin – disse Bruno Tertrais, da Fundação de Estudos Estratégicos, um grupo de Paris.
Na reforma do gabinete de governo, o ex-chanceler passou a chefiar o Ministério do Interior. Segundo alguns, seria o primeiro passo de um plano para elegê-lo primeiro-ministro. Villepin personificou a determinada oposição da França à guerra depois de um discurso no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) proferido em fevereiro e no qual argumentou de forma veemente contra o uso da força.
– A saída de Villepin deve facilitar as coisas, porque os EUA o associaram, em parte, com a degradação das relações (entre os dois países) – afirmou Jean François Daguzan, um cientista político.
Mas analistas dizem que as diretrizes da política externa da França continuarão a ser determinadas pelo presidente do país, Jacques Chirac, e que uma mudança de chanceler não significará uma alteração nos rumos dela.
– A política exterior continua sendo comandada por Chirac. Não haverá grandes mudanças – disse Tertrais.
As informações são da agência Reuters.
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