Autoridades norte-americanas e líderes civis de Falluja chegaram a um acordo na segunda, dia 19, para pacificar a cidade, onde fortes combates mataram centenas de pessoas nas últimas duas semanas. Em Njaf, para completar um dia relativamente calmo no Iraque ocupado, o comandante de 2,5 mil soldados norte-americanos que se aproximam da cidade afirmou que vai permitir negociações antes de qualquer tentativa de entrar na cidade sagrada para capturar o líder xiita Moqtada al-Sadr.

Al-Sadr ordenou uma trégua nos ataques contra os 1,4 mil soldados espanhóis que estão próximos de Najaf depois que a Espanha afirmou que estava se retirando da coalizão liderada pelos Estadps Unidos, que ocupa o Iraque.

– Os ataques contra soldados espanhóis devem parar porque eles estão voltando para seu país, e contanto que não exerçam agressões contra o povo iraquiano – disse um comunicado do escritório de Al Sadr, em Najaf.

A trégua em Falluja foi anunciada pelo porta-voz-chefe da coalizão, Dan Senor, em uma entrevista coletiva. Ele afirmou que foram necessários três dias de negociação para obter um cessar-fogo real e duradouro. Mas não se sabe a real influência das autoridades sobre os cerca de 2 mil insurgentes que resistem contra a ocupação na cidade.

– As partes concordaram que as forças da coalizão não retomarão operações ofensivas se os moradores da cidade entregarem seu armamento pesado – disse Senor.

A polícia iraquiana e os soldados norte-americanos fariam patrulhas conjuntas para tentar restabelecer a ordem em Falluja, disse ele. As forças norte-americanas aumentaram a repressão em Falluja depois do assassinato de quatro civis norte-americanos e da mutilação de seus corpos diante das câmeras de TV, em 31 de março.

Senor afirmou que, quando os autores dos assassinatos e das mutilações forem encontrados, eles serão entregues à Justiça iraquiana. O toque de recolher foi transferido para duas horas mais tarde, a partir das 21h. O acesso ao hospital de Falluja será livre, e o tráfego de ambulâncias, de medicamentos e de comida será facilitado, afirmou.

As informações são da agência Reuters.