| 14/05/2001 13h28min
As operadoras de energia da Região Sul se reúnem a partir das 14h desta segunda-feira em Florianópolis. Representantes da Celesc (Santa Catarina), Copel (Paraná) e CEEE, AES-Sul e RGE (Rio Grande do Sul) vão preparar um documento técnico para comprovar que os três Estados não devem integrar o plano de racionamento do governo federal. De acordo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o racionamento no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste deve começar em 1º de junho, no Norte em julho e no Sul, em agosto. – Geramos energia suficiente para nós e ainda transmitimos para outras áreas – destaca o presidente da Celesc, Francisco Küster. Ele explica que hoje são transmitidos do Sul para o Sudeste 1.976 MW. Com a conclusão de mais um trecho transmissor, a quantidade subirá para cerca de 2,6 mi MW. – Não podem querer que participemos do racionamento só por solidariedade – afirma Küster. – Politicamente podemos não ser ouvidos mas com dados técnicos vamos provar que não há porque ter racionamento no Sul – acrescenta. Durante a reunião, Küster também quer propor aos representantes do setor do Rio Grande do Sul e Paraná uma mobilização para pressionar que o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Machadinho (na divisa de SC/RS) acelere as obras. O prazo para a conclusão se encerra em 2002. Mas a expectativa da Celesc é que a geração de energia comece em dezembro de 2001. Küster destaca que o quadro nacional é complicado. O Brasil levou 500 anos para gerar 62 mil MW. Agora tem 10 anos para produzir 45 mil MW com investimento de R$ 70 bilhões. Outra preocupação é que 93% da energia elétrica no Brasil é produzida pela água. Com a crise no abastecimento, é necessário utilizar outras alternativas. Mas as 49 térmicas anunciadas pelo governo federal ainda não saíram do papel. É o caso da TCN, de Joinville, no norte catarinense.
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