Tropas norte-americanas voltaram a bombardear nesta quarta, dia 28, a cidade iraquiana de Falluja. Soldados da coalizão enfrentaram integrantes da milícia iraquiana, contrária à ocupação dos Estados Unidos, perto de uma estação de trem da cidade, alvo dos bombardeios de helicópteros. As ações dos militares têm em vista conter insurgentes, liderados pelo clérigo xiita Moqtada Sadr, que lutam contra a prensença dos EUA no país há três semanas. Ainda não é conhecido o número de mortos após os ataques.

Imagens transmitidas pela rede Globo News mostram grossas colunas de fumaça. A ação desta quarta, feita com aviões, helicópteros e tanques, coincide com o 67º aniversário do ex-ditador Saddam Hussein.

Conforme um repórter do pool de imprensa dos EUA, que está com as forças americanas que cercam Falluja, o ataque pesado foi lançado para dar apoio a uma unidade que tentara tomar uma estação de trem da guerrilha no bairro de Golã.

Apesar da retomada dos embates, o porta-voz das forças americanas no Iraque, general de brigada Mark Kimmitt, disse à rede de TV ABC que ainda espera uma saída negociada para o cerco.

– Vamos continuar tentando uma solução pelo caminho político até onde ele nos levar e, se não nos levar longe o suficiente, estamos preparados para usar meio militares – afirmou Kimmitt.

No momento em que o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque falava ao órgão sobre as sangrentas conseqüências que se seguirão caso as negociações não avancem em Falluja, ao menos um avião de guerra disparou contra a cidade.

Moradores disseram que uma pessoa ficou ferida e 10 casas vazias foram destruídas. Muitos habitantes de Falluja, onde líderes concluíram uma trégua com os marines duas semanas atrás, ficaram revoltados com o ataque noturno.