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Bush concede entrevista a TVs árabes e condena episódios de tortura

Fotos de prisioneiros deflagraram crise contra ocupação dos EUA no Iraque

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assumiu pessoalmente nesta quarta, dia 5, os esforços para responder às críticas surgidas no mundo árabe depois das denúncias de que soldados norte-americanos estavam torturando e assassinando iraquianos. Em entrevista à TV árabe Alhurra, financiada pelos EUA, Bush prometeu que os responsáveis pelos abusos serão punidos.

– É importante que o povo do Iraque saiba que em uma democracia tudo não é perfeito. Erros acontecem. Mas, da mesma forma, em uma democracia esse erros serão investigados e pessoas serão levadas à Justiça – afirmou.
 
Depois de o Exército ter revelado que norte-americanos haviam matado ao menos dois prisioneiros iraquianos, Bush concedeu entrevistas para canais de TV árabes condenando esse comportamento "vergonhoso e inaceitável". Um importante aliado do país disse que o escândalo poderia minar todo o projeto dos EUA para o Iraque.

Uma semana depois da divulgação de fotografias mostrando militares rindo enquanto torturavam detentos nus as Forças Armadas informaram que outras 10 mortes de iraquianos serão investigadas. As fotos geraram uma onda de críticas no mundo todo e fizeram os EUA, onde as investigações sobre as denúncias começaram em janeiro, saírem a campo para conter os danos.
 
A investigação dos EUA sobre as denúncias de tortura na prisão de Abu Ghraib contém relatos sobre detentos espancados, mantidos nus por dias e obrigados a se masturbar diante de uma câmera. Concluída dois meses atrás, a investigação só veio a público depois da divulgação das fotos pela mídia norte-americana.
 
Oficiais das Forças Armadas disseram que os militares haviam investigado a morte de 25 prisioneiros no Iraque e no Afeganistão. O inquérito concluiu que um soldado norte-americano e um homem a serviço da CIA haviam matado, cada um, um detento.

Autoridades norte-americanas rechaçaram as comparações com o regime liderado por Saddam Hussein no país árabe, que matou milhares de pessoas em Abu Ghraib. A assessora de segurança nacional de Bush, Condoleezza Rice, pediu desculpas pelos episódios.

– Lamentamos profundamente o que aconteceu com essas pessoas e o que as famílias delas estão sentindo. Isso não é certo, definitivamente – afirmou a assessora na TV Al Arabiya.

O general trazido da base dos EUA na baía de Guantánamo (Cuba) para administrar as prisões do Iraque depois do aparecimento das denúncias prometeu que os casos de tortura não se repetiriam e que interrogatórios envolvendo espancamentos, a colocação de vendas e outros métodos estavam proibidos. Milhares dos cerca de 10 mil iraquianos ainda detidos seriam libertados, disse o major-general Geoffrey Miller.

Com informações da agência Reuters.

 
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