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O Exército norte-americano assumiu nesta quarta, da 19, a morte de cerca de 40 pessoas em um ataque contra supostos combatentes estrangeiros no Iraque, perto da fronteira com a Síria. Mas contestou suspeitas de que os mortos participavam de uma cerimônia de casamento.
O general Mark Kimmit, vice-diretor de operações de militares norte-americanos no Iraque, disse à Reuters que o ataque no início desta quarta estava dentro das regras militares de combate.
– Às 3h (horário local, 20h em Brasília) de terça-feira conduzimos uma operação a cerca de 85 quilômetros ao sudoeste de Al Qaim contra pessoas suspeitas de serem combatentes estrangeiros em uma casa – afirmou Kimmit. – Fomos atacado por terra e retrucamos.
Kimmit disse ainda que não havia nenhum indício de que as vítimas do ataque participavam de uma festa de casamento. Ele acrescentou que uma grande quantidade de dinheiro, passaportes sírios e equipamentos de comunicações via satélite foram encontrados no local após o ataque.
A emissora de televisão Al-Arabiya citou testemunhas que afirmaram que a operação na vila de Makr al-Deeb, antes do amanhecer, tinha como alvo participantes de uma festa de casamento e matou pelo menos 41 civis.
– Recebemos cerca de 40 mártires hoje, principalmente mulheres e crianças menores que 12 anos – disse o diretor do hospital de Qaim, Hamdy al-Lousy, à Al Arabiya. – Também temos 11 pessoas feridas, a maioria delas em condições críticas.
A emissora mostrou imagens de cadáveres cobertos alinhados em uma estrada suja. Homens apareciam cavando sepulturas e colocando os corpos nelas, um deles era de uma criança, enquanto os parentes choravam.
– Os aviões norte-americanos jogaram mais de 100 bombas sobre nós – disse um homem que não foi identificado à Al Arabiya. – Eles atingiram duas casas nas quais aconteciam o casamento e depois eles arrasaram toda a vila. Nós não atiramos nenhuma bala, nada estava acontecendo – acrescentou.
Geralmente os parentes e os convidados dos casamentos árabes atiram para o alto para comemorar a união.
Os Estados Unidos, que enfrentam revoltas de muçulmanos xiitas e sunitas no Iraque, afirmam que combatentes estrangeiros estão entrando no país vindos da Síria.
Em julho de 2002 um ataque aéreo norte-americano matou 48 civis em uma festa de casamento no Afeganistão. Um relatório divulgado pelo Comando Central dos EUA classificou o ataque como justificável sob a alegação de que os aviões norte-americanos foram atacados.
As informações são da agência Reuters.
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