O governo gaúcho teme que a empresa alemã Steag cancele o investimento de US$ 800 milhões no Projeto Seival – construção de uma termelétrica a carvão de 560 MW em Candiota. Para o início da obra, aguardava-se apenas a garantia do carvão no novo modelo energético. Como o governo federal não incluiu uma política para o carvão mineral no texto, o grupo da Alemanhã pode abandonar o projeto.

Neste final de semana, o deputado federal Alceu Collares (PDT) começou mobilização para evitar a desistência dos investidores.O secretário de Minas, Energia e Comunicações, Valdir Andres, afirma que a direção da empresa pode abandonar o projeto Seival se até o meio do ano não houver uma sinalização do governo federal de compra do que é produzido a partir do carvão.

– Há uma preocupação sim muito grande no governo do Estado. Essa preocupação da Secretaria de Energia eu já transmiti ao próprio governador Germano Rigotto, aos nossos três senadores e a toda bancada gaúcha federal em Brasília para que se possa pressionar o governo federal a fim de que haja espaço para os projetos de carvão do Rio Grande do Sul – disse Valdir Andres.

Andres informou que o escritório da Steag em Porto Alegre está sendo desativado. Ele disse também que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, havia determinado a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto, mas a idéia não avançou. Além de construior a nova usina termelétrica a Steag pretende dar prosseguimento a Usina Candiota III, em parceria com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), empresa do governo federal.

As informações são da Rádio Gaúcha.