O governo gaúcho aguarda definição do Ministério de Minas e Energia sobre os subsídios ao carvão mineral para negociar com os chineses a construção da termelétrica em Cachoeria do Sul. O anúncio do investimento foi realizado nesta segunda, dia 24, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro durante cerimônia de instalação do Conselho Empresarial Brasil-China.

O acordo foi assinado nesta segunda, dia 24, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao. O contrato entre as empresas China National Machinery and Equipment Import and Export Corporation (CMEC) e Central Termelétrica do Sul (CTSUL) para construção de usina tem investimento estimado de US$ 757 milhões. A previsão é de que a obra gere de 2,5 mil empregos temporários. Quando entrar em funcionamento, a usina empregaria 380 pessoas. O projeto terá financiamento e tecnologia chineses e execução nacional. A obra será feita no distrito de Piquiri, na cidade de Cachoeira do Sul. Com capacidade de gerar 650 megawatts, a termelétrica atenderá 750 mil residências. De acordo com o representante da CTSUL no Estado, José Benemídio Almeida,  a obra deve iniciar em fevereiro e se estender por 36 meses.

O governador Germano Rigotto disse na tarde desta segunda que pretende negociar a implantação da termelétrica na sua missão à China. Ele teme, no entanto, que o negócio não se concretize pela demora na definição do valor do subsídio. Rigotto espera que até o final do mês se tenha uma solução para os empreendimentos.

O Palácio Piratini receia que o Estado possa perder outro investimento devido à indefinição do governo federal. A realização do projeto Seival, da empresa alemã Steag, dependeria de uma política para o carvão mineral no novo modelo energético. O grupo da Alemanha prevê investimento de US$ 800 milhões para a construção de uma termelétrica a carvão de 560 MW em Candiota.

As informações são da Rádio Gaúcha.