| 31/05/2001 12h01min
A indústria catarinense reconhece que vai reduzir a produção devido ao racionamento de energia no país. O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Osvaldo Doaut, que participou em Brasília das discussões do setor nos dois últimos dias, disse que a queda na produção estadual será inevitável, mesmo sem cortes no curto prazo. Segundo Doaut, ainda é impossível dimensionar prejuízos porque isso depende dos resultados das medidas de racionalização que estão sendo adotadas para economizar energia. – Qualquer tentativa de aferir percentuais é ‘exercício de chutometria’ – afirmou. O industrial, que é delegado da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) junto à CNI, afirmou que os efeitos do racionamento nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste se refletirão sobre a economia catarinense da mesma forma que o impasse da crise se reflete no país. Doaut ressaltou que o governo está aberto para o diálogo mas que as decisões devem se refletir também nas atitudes. Por isso, a CNI está encaminhando várias propostas de racionalização de energia. Entre elas, está a possível formação de sistemas de consórcio de empresas que atuam no mesmo subsistema interligado. Pela proposta, os consórcios formados teriam objetivo de cumprir, enquanto grupo, para o somatório de cotas de economia estabelecidas para cada empresa. Uma idéia da classe é mostrar ao governo que não se pode tratar todos os setores da mesma forma. – Há características setoriais a serem observadas. Há empresas que, com 10% de energia, podem ter um prejuízo mínimo – observou. Outra medida sugere o chamado regime de compensações, uma vez que pode ser mais interessante a uma empresa ficar parada por cinco dias, por exemplo, e não parar em 20% do dia. Nesse caso, custos operacionais e com mão-de-obra poderão ser menores e tornar menos dispendiosos os efeitos do apagão.
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