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A comissão encarregada de investigar os ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos divulgou um relatório nesta quinta, dia 22, apontando "profundas falhas institucionais" dentro do governo e detalhando as oportunidades não aproveitadas de impedir a ação dos terroristas, disseram autoridades norte-americanas.
Segundo uma autoridade do país que leu o relatório final, o documento confirmava que não tinha havido nenhuma "colaboração" entre o Iraque e a Al-Qaeda, mas dizia terem ocorrido contatos entre os dois. A comissão também detalha os contatos da rede com o Irã e com o Paquistão. Pessoas familiarizadas com o relatório disseram ter encontrado laços maiores da Al-Qaeda com o Irã do que com o Iraque.
A autoridade norte-americana disse que o documento não responsabiliza nem o atual presidente norte-americano, George W. Bush, nem o antecessor dele no cargo, Bill Clinton, por não terem conseguido impedir as ataques.
– Ao invés de terem encontrado uma falha no nível presidencial, eles encontraram várias falhas, profundas falhas institucionais dentro do nosso governo – afirmou a autoridade, citando palavras do relatório.
A comissão do 11 de setembro, integrada por cinco republicanos (governistas) e cinco democratas (oposição), mostrou-se determinada a apresentar um documento coeso sobre os ataques de 2001, nos quais foram mortas quase três mil pessoas.
Mas as conclusões dela devem provocar debates acirrados entre os candidatos à Presidência que disputam o pleito deste ano. Segundo os jornais The New York Times e The Washington Post, a comissão criticará o Congresso por não ter desempenhado seu papel de supervisor do combate ao terrorismo e das atividades dos serviços de inteligência e proporá reorganizar as comissões de deputados e senadores. O documento também deve criticar duramente a CIA (agência de inteligência dos EUA) e o FBI (polícia federal).
– Houve várias oportunidades para interceptar muitos terroristas. Obviamente, houve grandes oportunidades de interceptar algumas das atividades que resultaram naquele evento catastrófico – afirmou o deputado democrata Jim Turner.
O relatório apresenta uma lista de 10 "oportunidades operacionais" de penetrar no plano de ataque e que foram desperdiçadas pelas agências de inteligência dos EUA. O documento, porém, não diz abertamente que a ação poderia ter sido evitada.
As informações são da agência Reuters.
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