| 12/07/2004 08h58min
O desempenho de George W. Bush na campanha presidencial pode ser duramente prejudicado pela divulgação do relatório sobre os atentados de 11 de setembro. Pelo documento, a ser revelado até o dia 26 de julho, o governo dos Estados Unidos teria sido omisso no caso de alertas sobre possíveis ataques.
Depois de solicitação da comissão, a Casa Branca retirou a classificação de segredo de Estado de um documento intitulado "Bin Laden determinado a atacar nos EUA". O presidente Bush recebeu o dossiê no dia 6 de agosto de 2001, 36 dias antes dos atentados.
Além disso, o material indica que a organização Al-Qaeda não teria relação com o Iraque. Conforme o jornal The New York Times, iraquianos não estariam envolvidos no ataque às torres gêmeas do World Trade Center. As conclusões das invetigações apontam que as alegações do presidente George W. Bush para ocupar o Iraque não estavam corretas.
A comissão pedirá uma total reformulação do programa de contra-inteligência do FBI, além de uma reestruturação da Agência Central de Inteligência e de outros órgãos da comunidade de espionagem.
Sob ataque devido às falhas de inteligência sobre o Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentará mudar de assunto nesta segunda, dia 12, ressaltando o abandono pela Líbia das armas não convencionais e os esforços do governo norte-americano para levar estabilidade a países ameaçados por militantes islâmicos.
Em uma visita a Oak Ridge, no Tennessee, Bush citará progressos no Afeganistão, Paquistão e na Arábia Saudita, além dos esforços dos EUA para conter os programas nucleares da Coréia do Norte e do Irã. O objetivo da viagem de Bush parece ser o de ressaltar suas credenciais na segurança nacional diante da campanha contra o democrata John Kerry. Pesquisa da revista Newsweek, divulgada no fim de semana, mostrava que Kerry liderava sobre Bush com 51% a 45% das intenções de voto.
A viagem ocorre depois da divulgação, na última sexta, dia 9, de um relatório do Comitê de Inteligência do Senado afirmando que as agências de inteligência do país exageraram na ameaça representada pelas armas de destruição em massa do Iraque, confiaram em fontes duvidosas e ignoraram evidências contrárias antes da invasão do país, em 2003.
Democratas usaram o relatório para acusar Bush de exagerar as evidências para justificar a guerra contra o Iraque e os republicanos dizem que o governo foi vítima de má informação.
Bush irá ao Laboratório Nacional de Oak Rigde, onde está estocado material relacionado aos esforços da Líbia para desenvolver armas de destruição em massa. Bush dirá em discurso que a decisão da Líbia é um dos exemplos do progresso na campanha dos EUA contra a proliferação e contra a militância islâmica, disse uma autoridade graduada do governo.
O presidente dirá ainda que o Afeganistão já foi o paraíso da Al-Qaeda e agora é livre. Ele também dirá que o governo saudita está lutando contra a organização, que antes recebia ajuda dentro do país.
Outro exemplo que Bush citará é o do Paquistão, um dos poucos países que reconheciam o governo do Talibã no Afeganistão, mas que agora está trabalhando para conter os militantes.
As informações são da agência Reuters e Gobo Online.
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