| 06/08/2004 21h39min
Nos últimos dois dias, fuzileiros navais norte-americanos mataram um número estimado de 300 combatentes leais ao clérigo xiita Moqtada al-Sadr, em combates perto da cidade de Najaf, segundo informações do tenente-coronel Gary Johnston, de uma base militar próxima à cidade de Najaf, ao sul de Bagdá.
Um porta-voz do líder xiita negou que tantos rebeldes tenham sido mortos. Ele disse que 36 combatentes morreram em várias cidades iraquianas em confrontos. A nova onda de violência, que persiste na sexta-feira, dia 6, gerou o temor de que haja uma nova rebelião de radicais xiitas.
A instabilidade representa um grande desafio ao governo interino do primeiro-ministro Ilyad Allawi e parece ser o fim de um cessar-fogo de dois meses entre as forças dos EUA e a milícia de Sadr.
Johnston disse a repórteres que os combatentes estavam mal coordenados e atiraram a esmo contra os soldados fortemente armados, que contaram com o apoio de helicópteros e caças. Sobre as baixas norte-americanas, Johnston disse que houve dois mortos e 12 feridos nos dois dias de combate.
O governador de Najaf, nomeado pelos EUA, disse que o número de rebeldes mortos era de 400, com mil capturados. Ele disse ter informações de que 80 iranianos estavam lutando ao lado da milícia de Sadr. O xeique Raed al-Qathimi, porta-voz de Sadr, rejeitou a versão norte-americana para as baixas.
O Ministério da Saúde disse que, apenas na Cidade de Sadr, 20 iraquianos morreram e 114 ficaram feridos desde a manhã de terça, dia 3.
Os rebeldes xiitas já haviam organizado um levante contra as forças de ocupação em abril e maio, em que morreram centenas de iraquianos e dezenas de soldados norte-americanos.
Com informações da agência Reuters.
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