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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, pediu em um discurso nesta quinta, dia 19, a condenação dos responsáveis pelo "assassinato a sangue frio" de 22 pessoas no atentado contra a sede da entidade em Bagdá, um ano atrás. Cerca de 150 pessoas ficaram feridas na explosão do caminhão-bomba, no mais violento ataque realizado contra uma missão civil da ONU.
Atribuído pelos Estados Unidos (EUA) à rede Al-Qaeda, o ataque provocou a retirada dos funcionários estrangeiros do órgão do território iraquiano.
– Apesar dos grandes esforços feitos por nós, e apesar da atual investigação realizada pelos EUA, ainda aguardamos respostas – afirmou Annan na cerimônia realizada para lembrar as vítimas e da qual participaram 80 sobreviventes e parentes dos mortos.
– No entanto, por mais que leve tempo, rezo para que os responsáveis por esse assassinato a sangue frio sejam punidos – disse Annan.
O brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos e chefe da missão da entidade no Iraque, morreu no atentado junto com importantes assessores. A mãe de Vieira de Mello, Gilda, a francesa Annie, viúva dele, e Adrien e Laurent, filhos do casal, participaram da cerimônia, realizada na sede européia da ONU, em Genebra. Annan descerrou uma placa no local em homenagem às vítimas.
– Quero saber da ONU como essa tragédia pôde acontecer, por que não havia mais segurança. Desejo a verdade e a justiça para meu filho. Ele sacrificou sua vida – afirmou a mãe do brasileiro.
O militante jordaniano Abu Musab Al Zarqawi, que os EUA consideram ser um agente da Al-Qaeda no Iraque, assumiu a responsabilidade pelo atentado do ano passado. Nove iraquianos estavam entre os 22 mortos de 11 países.
As informações são da agência Reuters.
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