A súmula da partida contra o São Paulo, realizada no último sábado, no Orlando Scarpelli, não deve trazer muitos transtornos para o Figueirense. Essa é a opinião do vice-presidente jurídico João Batista Baby após tomar conhecimento do texto do árbitro Luciano Almeida.

O documento registra apenas que torcedores posicionados atrás do túnel de acesso ao vestiário da arbitragem arremessaram "copos plásticos contendo um líquido não identificado". O relato do árbitro brasiliense não menciona nada mais grave. Nos últimos dias, foi divulgada a informação de que Luciano Almeida citaria um rádio de pilha, não confirmada.

– Da forma como a súmula está, não devemos ter problema, pois os copos não atingiram o árbitro – afirmou Baby – E mesmo que haja julgamento, temos o argumento de que tomamos medidas de prevenção.

Baby se referiu ao artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no qual o Figueirense seria possivelmente enquadrado no caso do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) apresentar denúncia.

Esse artigo dispõe que os clubes devem "tomar medidas cabíveis" para oferecer segurança em seus estádios. Segundo o dirigente, o Orlando Scarpelli contava com 220 policiais e 50 seguranças na noite de sábado.

Se for denunciado nesse artigo, o Figueira corre o risco de ser punido com a perda do mando de campo por uma a três partidas e de receber multa que varia entre R$ 50 mil e R$ 500 mil.

Baby aproveitou o episódio para fazer um apelo à torcida alvinegra: evitar causar problemas. O grande transtorno causado pela invasão de campo na última partida da Série B de 2001 ainda está na memória.

– A diretoria não concorda com um julgamento. Se o clube for denunciado, vai defender da melhor forma possível. Mas a torcida também tem que ajudar e não prejudicar o clube – disse o advogado.

A súmula também cita o diretor técnico do Figueira João Batista Lopes Abelha, que abordou o árbitro para perguntar a respeito de um pênalti não marcado no fim da partida, de Fabão sobre Nenê.

O conteúdo da súmula foi divulgado apenas nesta quarta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pois a entidade esteve de recesso durante o feriado de Finados.

As informações são do Diário Catarinense.