| 30/08/2001 19h20min
O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o Besc a gastar, de seus caixas próprios, até R$ 20 milhões para liquidar direitos trabalhistas de funcionários que aderirem ao Plano de Demissão Incentivada (PDI). Foi uma vitória do governo do Estado. Pela proposta do Banco Central (BC), estas provisões deveriam ser incluídas entre os gastos do PDI, ou seja, um aumento do endividamento. O cálculo é simples. Com a decisão do CMN, sobram mais recursos para o Besc incentivar e arcar com novas adesões, ao mesmo tempo em que diminui as dívidas com o BC. Afinal, será o BC quem vai bancar os gastos com o programa através de um empréstimo ao Estado de Santa Catarina. Para adequar o Besc à privatização (que deverá acontecer no primeiro trimestre do ano que vem) estima-se um gasto de R$ 2,1 bilhões. Pelo menos este foi o valor do financiamento liberado para o Estado. – Não vamos gastar tudo, será bem menos – diz o secretário da Fazenda, Antônio Carlos Vieira. Somente com as demissões e o pagamento dos direitos trabalhistas, estima-se que o Estado vai gastar R$ 600 milhões. Um valor que pode ficar bem aquém do projetado. Tudo vai depender do número de adeptos. O PDI ainda não está definido, mas a autorização dada pelo Conselho foi considerada pelo secretário um passo fundamental para o processo, enfim, caminhar. Vieira acredita que as regras devem estar definidas ainda em setembro. Na prática, a permissão do CMN para uso das provisões do Besc era um dos impasses.
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