| 31/01/2005 12h50min
Até agora, a Indonésia, atingida pelo tsunami em dezembro, conseguiu evitar o surgimento de epidemias, mas centenas de milhares de pessoas ainda correm grandes riscos devido às péssimas condições de vida enfrentadas em campos de refugiados. O alerta foi feito nesta segunda-feira, dia 31, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Autoridades da área de saúde alertaram para os perigos de surgirem epidemias no país depois da catástrofe de 26 de dezembro, que pode ter matado 230 mil pessoas apenas na Província de Aceh e deixado centenas de milhares de desabrigados que vivem atualmente em campos improvisados. A catástrofe destruiu hospitais e clínicas e matou médicos e enfermeiras. Campos de refugiados não contam com banheiros suficientes e há pouca água limpa, o que aumenta os riscos de surgirem doenças contagiosas.
– É cedo demais para declararmos uma vitória do tipo. Ainda há muitas ameaças e temos de tomar cuidado porque a situação continua precária – disse na segunda-feira Bob Dietz, porta-voz da OMS em Aceh.
As pessoas continuarão em perigo enquanto não forem transferidas para abrigos melhores, disse Eigil Sorensen, um enviado especial da OMS Indonésia. Segundo entidades internacionais da área de saúde, o sarampo e a malária são as maiores ameaças para os campos de refugiados de Aceh, a Província mais afetada pelo tsunami.
O sarampo mata mais crianças que qualquer outra doença para a qual há vacina, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Trabalhando junto com o Ministério da Saúde da Indonésia, a OMS lançou uma ampla campanha de vacinação contra o sarampo em Banda Aceh e nas áreas vizinhas, com vistas a imunizar 65 mil crianças até o final desta semana.
As informações são da Reuters.
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