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 | 14/02/2005 18h36min

Israel pressiona UE a colocar Hizbollah em sua lista negra

Inclusão obrigaria países a bloquear contas e bens de suspeitos

Israel pressionou nesta segunda, dia 14, para que o grupo guerrilheiro libanês Hizbollah seja colocado na lista da União Européia de organizações terroristas ilegais, mas o presidente da França, Jacques Chirac, não se comprometeu a fazê-lo.

Depois de conversar com Chirac em Paris, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, disse que o movimento guerrilheiro antiisraelense, considerado pelos Estados Unidos um grupo terrorista, está atrapalhando os esforços de paz no Oriente Médio.

– O Hizbollah não está apenas tentando minar a estabilidade do Estado de Israel, mas também a do regime de Abu Mazen (o novo presidente palestino, Mahmoud Abbas). Eles estão tentando atrapalhar nossos esforços para avançar, junto com os palestinos, na direção de um futuro melhor em nossa região – disse Shalom.

Ele disse esperar que a UE acrescente o Hizbollah à sua lista negra. Chirac disse que a questão do Hizbollah e da UE é "complexa e tem de ser examinada dentro do contexto regional em todos os aspectos, especialmente em relação ao Líbano", de acordo com o porta-voz do presidente. A UE criou a lista,  que na última contagem possuía 45 indivíduos e 46 grupos, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Para incluir um nome é necessário que os 25 Estados-membros concordem. Eles então são obrigados a congelar recursos e contas bancárias que pertençam aos integrantes da lista, além de compartilhar informações sobre suspeitos e grupos. Shalom elogiou a decisão da França, no ano passado, de proibir a TV Al Manar, do Hizbollah, depois de acusações de que os programas disseminavam o ódio.

– Estamos muito encorajados com a atitude da França e sua determinação contra esse fenômeno do anti-semitismo – disse Shalom.

O Hizbollah, patrocinado principalmente por Irã e Síria, foi um dos maiores responsáveis pelo fim da ocupação do sul do Líbano por Israel. O grupo é acusado de atacar alvos dos EUA e seqüestrar ocidentais durante a guerra civil do Líbano, entre 1975-1990. A organização também apóia o levante palestino, inclusive o Hamas, incluído pela UE na lista em 2003. Abbas e o premiê israelense, Ariel Sharon, anunciaram no dia 8 de fevereiro uma trégua para que o processo de paz seja retomado.

As informações são da agência Reuters.

 
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