Logo após a realização da cirurgia de traqueostomia, realizada nesta quinta, dia 24, a Santa Sé comunicou que a condição do Pontífice é "regular". A operação, que normalmente requer anestesia geral, durou meia hora e foi considerada bem sucedida. Internado em Roma, o Pontífice foi submetido à intervenção para facilitar sua respiração.

O procedimento consiste em uma pequena incisão no pescoço e na traquéia para facilitar a chegada de ar a seus pulmões. Por causa da recaída de uma gripe, João Paulo II vem sofrendo espasmos musculares da laringe (anterior à traquéia), o que dificulta a entrada de ar.

Quando foi internado pela primeira vez, na noite de 1º de fevereiro, João Paulo II tinha a laringe e a traquéia inflamadas por causa da gripe e já apresentava espasmos da laringe que dificultavam a respiração. Ele deixou o hospital no dia 10, sob aplausos de uma multidão. No domingo, dia 20, ministrou a bênção dominical com voz rouca mas firme, diante de fiéis na Praça de São Pedro. Na terça, dia 22, concedeu uma audiência privada, ao primeiro-ministro da Croácia.

Na quarta, dia 23, João Paulo II não prestou a sessão senamal de audiências e preferiu falar aos fiéis por uma conexão de TV, dentro do Vaticano. Nesta quinta, ele faltou a uma cerimônia em que se examinariam canonizações.

O fato de o Papa também sofrer do mal de Parkinson pode estar prejudicando ainda mais o quadro, porque a doença compromete o funcionamento de vários músculos, inclusive os envolvidos na respiração. A traqueostomia é um recurso relativamente simples, mas apenas aplicado em situações extremas e que aumenta o risco de infecções respiratórias. O ar flui diretamente para os pulmões, mas, com a eliminação do filtro representado pelas narinas e a laringe, o caminho fica mais livre para germes.

Um boletim médico sobre a saúde do Papa é aguardado para as 12h (8h em Brasília) desta sexta, dia 25.

As informações são do Globo Online.