| 28/02/2005 10h01min
Em uma entrevista publicada nesta segunda, dia 28, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que os Estados Unidos estão pressionando Damasco da mesma forma que fizeram com Bagdá antes de invadir o Iraque, em 2003. Assad disse ao diário italiano la Repubblica que a Síria busca estabilidade na região e insistiu não ter participação no recente assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al-Hariri nem no ataque suicida de sexta-feira em Tel Aviv.
As relações entre Washington e Damasco, conturbadas há anos, pioraram após a morte de Hariri.
– No passado, Washington impôs sanções sobre nós e nos isolou, mas o círculo não se fechou contra nós – disse ele ao la Repubblica.
– Porém, se você me perguntar se estou esperando um ataque armado (dos Estados Unidos), vejo algo desde o fim da guerra no Iraque. A tensão aumentou desde então – acrescentou.
A oposição libanesa culpou a Síria pelo assassinato de Hariri e pressiona o país para que retire suas tropas do Líbano. Nesta segunda, milhares de manifestantes anti-Síria desafiaram uma proibição do governo e fizeram um protesto no centro de Beirute, quando o Parlamento deu início a um debate sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro.
Bancos, escolas e lojas ficaram fechados depois de um pedido da oposição por uma greve geral. Centenas de milhares de soldados libaneses armados vigiavam o centro de Beirute, que estava vazio. Barricadas de metal e arame farpado isolaram o local do protesto e os arredores do Parlamento.
Postos de controle em estradas para Beirute impediram a entrada de carros e ônibus com pessoas que se dirigiam à capital para participar do protesto.
As informações são da agência Reuters.
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