| 13/03/2005 20h49min
A chuva que caiu no Estado neste final de semana foi a maior do ano. Na maioria das cidades, choveu mais na madrugada de domingo do que em todo o mês de fevereiro. Em Porto Alegre choveu, em nove horas, o dobro do que o registrado em todo o mês de janeiro.
A Defesa Civil não tem previsão de quais os municípios que sairão da situação de emergência – a informação depende da avaliação do nível de água nas cabeceiras dos rios. As chuvas devem continuar, esparsas, e se repetir em intensidade no próximo fim de semana. O racionamento de água deve continuar em todo o Estado.
Até a metade da manhã deste domingo, dia 13, a quantidade de chuva medida pela Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, apresentava valores de 55,7 mm em Porto Alegre, 69 mm em São Borja, 4 mm em Rio Grande, e 45,5 mm em São Luiz Gonzaga. Entretanto, relatos feitos no interior de São Luiz Gonzaga, através de medições extra-oficiais, marcavam 85 mm, quase o equivalente à média histórica da região, para todo o mês de março.
Mesmo com a chuva, o setor agrícola considera irreversível a perda das lavouras de milho e soja. A chuvarada irá beneficiar principalmente a recuperação das pastagens para alimentar o gado e diminuir as perdas na produção leiteira. O impacto na pastagens poderá ser sentido entre 30 dias e 40 dias, avalia Eloir Griseli, da direção da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf).
Para o cultivo de milho pode haver benefícios apenas na chamada safrinha que tenha resistido à seca, mas este cultivo atinge um índice pequeno na produção total do Estado, segundo Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Com informações de Zero Hora e governo do Estado.
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