| 22/03/2005 15h52min
O governador do Paraná, Roberto Requião, chegou à China nesta segunda, dia 21, em busca de negócios com o país oriental. Nesta terça Requião e sua comitiva reuniram-se com o ministro João de Mendonça Lima Neto, cônsul-geral do Brasil em Xangai, e com empresários brasileiros que já atuam na China. No encontro o governador expôs as principais características do Paraná e os produtos que o Estado oferece para exportação. O maior interesse dos compradores chineses, segundo Requião, é na importação de soja, madeira e minérios de ferro.
Há uma forte presença brasileira em Xangai, que já tem 20 empresas brasileiras instaladas, entre bancos, fábricas e empresas de importação e exportação.
– Nosso objetivo é aumentar os negócios entre o Paraná e a região, sobretudo a exportação de soja. Os importadores e as empresas esmagadoras de soja chineses manifestaram a preferência pela soja convencional e também pela compra sem intermediários, direta das cooperativas e dos produtores, para diminuir o valor pago pelo grão e aumentar o lucro dos plantadores – disse Requião.
A China importou do Paraná em 2004 US$ 936 milhões em soja e derivados e, de acordo com depoimentos dos empresários chineses, há interesse em aumentar o volume comprado. Di Gui Qian, representante da BM&F, também se ofereceu para, junto com o governo do Paraná, ajudar no aumento das vendas paranaenses e diminuir a intermediação das trades. Segundo ele, “a Bolsa já tem cem empresas esmagadoras de soja da região de Xangai interessadas em comprar o grão paranaense”.
Requião reafirmou que pretende tornar o Paraná área livre de transgênicos.
– Quero que o nosso Estado se transforme em um nicho da soja convencional, que tem aceitação universal, ao contrário da soja transgênica – disse o governador.
O Paraná é hoje o segundo maior produtor brasileiro do grão, colhendo na última safra quase 10 milhões de toneladas de soja, numa área plantada de mais de 5 milhões de hectares. O governador adiantou ainda que pretende estabelecer parcerias entre o Porto de Paranaguá e o Porto de Xangai.
As informações são do governo do Paraná.
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