| 29/03/2005 07h44min
O Ministério Público Federal investiga o empréstimo de R$ 18 milhões feito pela Frangonorte, empresa que pertencia ao ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), com o Banco da Amazônia (Basa). A empresa teria oferecido falsas garantias, por meio de documento assinado por Jucá.
Sete fazendas no interior do Amazonas teriam avalizado o empréstimo. As propriedades, porém, só existiriam no papel, segundo reportagem dessa segunda, dia 28, do jornal Folha de S.Paulo. O assunto vinha sendo investigado pela Procuradoria da República de Roraima.
Porém, como Jucá é senador e tem foro privilegiado, o caso foi enviado em setembro ao procurador-geral da República, Claudio Fonteles. Caso sejam encontradas provas de envolvimento de Jucá, o assunto deve ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de assumir a empresa, em 1995, Jucá e seu sócio, Getúlio Cruz, teriam apresentado as fazendas, em nome do empresário Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, como garantia. As terras teriam sido avaliadas por R$ 2,69 milhões, e 15 dias depois Oliveira se tornaria sócio da Frangonorte.
– Jamais fui proprietário de sete fazendas, portanto jamais poderia oferecê-las em garantia ao Banco da Amazônia (Basa). Deixei de ser sócio da empresa há oito anos, e, portanto, não tenho a ver com a sua gestão – disse Jucá.
As informações são do jornal Zero Hora.
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