| 02/04/2005 17h29min
A morte do papa João Paulo II traz especulações sobre a sucessão do cargo máximo da Igreja Católica. Todos os cardeais com menos de 80 anos deverão se reunir no Vaticano para a realização do chamado Conclave – a eleição papal.
A movimentação em Roma começou nesta sexta, dia 1º, após o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro Valls, anunciar a reviravolta na saúde do Papa. João Paulo II sofreu uma parada cardíaca, provocada por uma infecção generalizada. A enfermidade evoluiu e o deixou incosciente até a morte.
O comando imediato da Igreja não ficará personificado em uma pessoa. Isso porque o anúncio do novo Santo Padre vai demorar pelo menos nove dias – período destinado aos ritos funerais. Nesse período, o Vaticano é comandado pelo camerlengo (cardeal que governa interinamente a Igreja entre a morte de um Papa e a nomeação do seguinte), que atualmente é o cardeal espanhol Eduardo Martinez Somalo, e pelo presidente da Congregação para Doutrina da Fé, o cardeal alemão Joseph Ratzinger.
Mas o Conclave é imprevisível. Não há candidaturas nem campanha. Supostamente, quem guia a escolha é o Espírito Santo. São 120 cardeais aptos a participar da eleição. O escolhido costuma ser o com menor rejeição e não o mais popular. A imprensa internacional, entretanto, cita alguns nomes que são indicados como favoritos.
O nome mais forte é do Arcepispo de Milão Dionigi Tettamanzi. A sua indicação traria de volta uma tradição de 400 anos, a do Papa ser italiano que foi quebrada justamente com a indicação do polonês João Paulo II. Mas analistas dizem que há pressões para indicação de um latino-americano, a região com maior número de católicos do mundo. Aí aparece o nome do brasileiro Cláudio Hummes, Arcebispo de São Paulo.
– Quanto a sucessão, não sabemos nada, além de especulação. Acredito que voltará agora a ser um Papa italiano como foi o costume. Polônia fugiu a regra geral – comenta o coordenador Arquidiocesano de Comunicação da Arqudiocese de Porto Alegre Gerson Schmidt.
Hummes seria o terceiro mais cotado. O brasileiro estaria atrás do cardeal nigeriano Francis Arinze. A África é o continente que a Igreja Católica passará a disputar com o islamismo e diversas seitas religiosas.
Dos 120 votos, o novo Papa precisa receber dois terços. Uma nova lei, editada em 1996, determina que se o impasse permanecer após 12 ou 13 dias, os cardeais podem decidir que o escolhido deve receber apenas 50% dos votos mais um. Os votos são secretos e após apurados, queimados. A fumaça indica que há um novo líder.
Com informações das agências Reuters e AP.
Fotos da trajetória do Papa João Paulo II
Vídeo da visita do Papa ao Rio Grande do Sul
Vídeo da visita do Papa a Santa Catarina
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