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 | 17/10/2001 18h58min

Empresário que fez trote com pó branco em SC responderá por falso alarme

O empresário João Carlos Ghisi (foto), que enviou uma carta-trote contendo pó branco para um funcionário da sua empresa em São José, na Grande Florianópolis, será enquadrado no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais por falso alarme. Ghisi é acusado de praticar um ato com potencial para causar pânico ou tumulto com pena de prisão de 15 dias a seis meses. O episódio foi motivado pelas ameaças de bioterrorismo com o risco de contaminação pela bactéria antraz. Nos Estados Unidos, crescem os casos confirmados de pessoas contaminadas. No depoimento à Polícia Federal de Santa Catarina na tarde desta quarta-feira, em Florianópolis, o empresário admitiu ter deixado na caixa de correspondência do empregado Valdir Ozimio Melo, que fica dentro da empresa no bairro Barreiros, um envelope contendo farinha de trigo. Foi uma "brincadeira de mau gosto", admitiu o autor. Um timbre colocado na carta e que sugeria a procedência dos Estados Unidos assustou Melo na manhã desta quarta-feira. O funcionário decidiu levar o caso à PF. Seu patrão foi liberado no final da tarde. O envelope com farinha de trigo foi encaminhado à exame na vigilância sanitária. Na mesma rua onde fica a empresa de Ghisi, uma segunda carta com pó branco no interior foi recebida por uma mulher. O empresário negou participação neste caso, que também está sob investigação da polícia. A carta teria sido postada em São Paulo. • Saiba mais em reportagens especiais, entrevistas e artigos de ZH Os pontos atingidos no Afeganistão

RAFAEL LEIRAS / DIÁRIO CATARINENSE
 
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