| 07/04/2005 18h41min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta, dia 7,de um culto ecumênico durante o vôo de sua comitiva para Roma, onde assistirão nesta sexta, dia 8, ao funeral do papa João Paulo II.
A cerimônia, comandada pelo o arcebispo metropolitano de Brasília, dom João Bráz de Avis, durou 20 minutos na cabine presidencial e celebrou a união dos "povos com diferentes crenças".
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, Avis lembrou o caráter "inédito" da comitiva e disse que "o culto se destinava a propiciar um momento de oração comum, em nome do Papa, e também uma unidade de entendimento das pessoas de credos diferentes".
Após as palavras de dom Bráz de Avis, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilon Scherer, e o pastor luterano Rolf Schunemann, vice-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, fizeram discursos sobre o salmo 120 de proteção dos viajantes. Logo em seguida, todos os presentes rezaram o pai nosso.
O xeque Armando Hussein, da Federação Islâmica do Brasil, fez uma súplica por ajuda, proteção e iluminação do criador para o país e seus governantes em português e em árabe. O culto foi realizado por volta das 11h, no momento em que o avião sobrevoava o arquipélago de Fernando de Noronha.
O último a fazer um pronunciamento foi o rabino Henry Sobel, da Congregação Israelita Paulista. Ele lembrou as iniciativas do Papa para aproximar os católicos de todos os povos do mundo, como fez com os judeus.
– João Paulo foi um amplificador e congregador, um homem de coração enorme, no qual cabiam todos os filhos de Deus. Ele soube, como ninguém, aproximar todos os povos de todos os credos.
A comitiva, que chega em Roma à meia-noite (horário local), é composta ainda pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney e pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim.
Lula está acompanhado também da primeira-dama Marisa Letícia, do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
As informações são da agência Reuters.
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