| 13/04/2005 21h20min
Nesta quinta, 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá agenda oficial no Senegal e participa de homenagem aos soldados senegaleses mortos nas primeira e segunda guerras mundiais. Será o último dia da viagem do presidente brasileiro à África.
A comitiva visitará a ilha de Goree, de onde partiam os escravos para as Américas. Depois, Lula terá encontro com a comunidade brasileira. A missão termina com cerimônia de assinatura de atos bilaterais, no começo da tarde.
Nesta quarta, Brasil e Gana reafirmaram, em comunicado conjunto, o empenho para o fortalececimento da cooperação técnica entre os dois países, especialmente na agricultura. As duas nações ressaltaram a conveniência de organizar missões regulares de organizações multilaterais à Guine-Bissau, país próximo de Gana, a fim de exercer influência positiva na construção da paz e promoção do desenvolvimento social e econômico daquele país, que ficou em guerra civil até 1999 e ainda passou por golpe de Estado em 2003.
Lula e o presidente ganense, John Agyekum Kufuor, concordaram em implementar a aboliação parcial de vistos em passaportes diplomáticos, oficiais e de serviço, que será negociada por troca de notas pelos canais diplomáticos nos próximos 30 dias.
Nesta quarta, Lula visitou três países africanos. Pela manhã, Lula discursou em Acra, capital de Gana. Em seguida, por quatro horas, cumpriu agenda em Bissau, capital de Guiné-Bissau. No final da tarde, teve uma recepção de superstar nas ruas de Dacar, no Senegal.
Em Guiné-Bissau, país de língua portuguesa com 1,3 milhão de habitantes destruído por uma guerra civil que terminou seis anos atrás, Lula foi recebido por grupos de dança e por cerca de 40 integrantes da comunidade brasileira local. O locutor de uma rádio local, que narrou ao vivo a chegada do Airbus presidencial e o desembarque da comitiva, confundiu o ministro da Saúde, Humberto Costa, com Lula.
Na chegada a Dacar, Lula e o presidente Abdoulaye Wade percorreram em carro aberto os últimos minutos do trajeto entre o aeroporto e o palácio presidencial. Em alguns trechos do percurso, de cerca de 30 quilômetros, o comboio teve de parar em razão do número de pessoas nas ruas. O carro que levava os presidentes foi cercado por populares. Alguns deles carregavam bandeiras do Brasil e fotos de Lula. A manifestação foi incentivada pelo governo por meio do rádio e da TV oficiais.
Com informações da Agência Brasil e de Zero Hora.
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