| 29/04/2005 19h47min
Cerca de 250 arrozeiros de 13 municípios próximos a Aceguá, município que fica na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, decidiram manter até a próxima segunda-feira, dia 2, o bloqueio na BR-153. A manifestação começou há três dias para impedir a entrada de caminhões transportando arroz e trigo importados dos países que compõem o Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina, além do Brasil). Apenas os caminhões são impedidos de passar e a Polícia Rodoviária Federal controla o trânsito na rodovia.
Ao final da tarde desta sexta, dia 29, os arrozeiros organizaram mais dois bloqueios em Itaqui, na fronteira com Alvear, cidade argentina, e na BR-293, em Quarai, na região da tríplice fronteira com Uruguai e Argentina.
O presidente da Associação dos Produtores de Arroz da Região Fronteira, Ricardo Zago, afirma que o Brasil não precisa importar arroz e pede uma reavaliação dos benefício fiscais concedidos pelo governo brasileiro aos produtores de arroz dos países do Mercosul.
A Federação dos Agricultores do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) negociou na quinta, dia 28, com as lideranças estaduais e federais para chegarem a um acordo a respeito do bloqueio. Segundo o coordenador da Farsul, Francisco Schardong, a intenção é que sejam colocadas balanças nas fronteiras e que os exames sanitários sejam mais intensos.
O presidente da comissão afirma que os produtores brasileiros estavam trabalhando com um produto a R$ 23, ou seja, R$ 7 a menos que o custo de produção, e que, com a entrada do arroz do Mercosul no Brasil, esse preço caiu ainda mais, chegando a R$ 21.
As informações são da Agência Brasil.
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