Os eleitores britânicos foram às urnas nesta quinta, dia 5, para votar nas eleições gerais do país. O atual primeiro-ministro Tony Blair é apontado como favorito para alcançar o terceiro mandato. Enquanto o pleito transcorria normalmente no Reino Unido, o consulado britânico em Nova York (Estados Unidos) foi alvo de um atentado terrorista.

As duas explosões ocorreram no lado externo do prédio de 21 andares. Ninguém ficou ferido. A polícia isolou o local e busca pistas dos responsáveis pelo atentado. A cidade voltou a temer a insegurança e relembrou a tragédia de 11 de setembro de 2001.

No campo político, a popularidade de Blair é menor do que na época em que venceu seus primeiros mandatos – 1997 e 2001. Ainda assim, realizou uma campanha voltada à força da economia britânica, a qual floresceu durante seus oito anos de governo. O primeiro-ministro já afirmou que o terceiro mandato seria seu último e conduziu a campanha ao lado daquele que deve ser sucessor: o ministro das Finanças Gordon Brown.

A última pesquisa Populus, feita para o jornal Times, apontou o partido de Blair, o Trabalhista, com 37,9% das preferências, e o Conservador, com 31,7%. As urnas abriram às 7h (3h no horário de Brasília) e fecharão às 22h.

Blair votou na circunscrição de Sedgefield, no norte, acompanhado da esposa Cherie e de seus dois filhos mais velhos. Sob um céu fechado, a família do líder trabalhista cumprimentou sorridente os fotógrafos antes de entrar, por volta das 9h45min (5h45min no horário de Brasília) no colégio eleitoral.

A eleição é disputada ainda pelo líder conservador Michael Howard e pelo escocês Charles Kennedy, líder do Partido Liberal Democrata. A guerra do Iraque pode custar votos em alguns setores, mas Blair parece confiante em conseguir uma nova e histórica vitória nas urnas.

A crença de que Londres invadiu o Iraque com um pretexto falso e a morte de soldados britânicos nesta guerra que a maioria do país continua considerando injustificada minou a confiança de muitos no líder trabalhista, principalmente entre os jovens, as mulheres e muitos intelectuais. Blair sabe que este é o seu calcanhar-de-aquiles e teve de recorrer ao que considera o ponto forte dos anos do governo trabalhista: o crescimento econômico nos últimos oito anos.

Com informações das agência Reuters e EFE.