| 25/05/2005 20h26min
O chefe das Forças Armadas da Bolívia, almirante Luis Aranda, negou nesta quarta, dia 25, que os militares do país estejam preparando um golpe de Estado. A declaração foi dada depois de autoridades prometerem processar dois oficiais de alta patente que defenderam a deposição do atual presidente boliviano, Carlos Mesa.
Boatos sobre um golpe espalhavam-se pela Bolívia enquanto protestos de rua continuavam a chacoalhar o país. Grupos esquerdistas de agricultores exigem uma nova Constituição e a nacionalização das reservas de gás natural, enquanto províncias ricas em recursos naturais querem maior autonomia.
Na quarta, a capital La Paz ficou paralisada pelo terceiro dia consecutivo, em meio a manifestações de agricultores, mineiros, professores e estudantes universitários. Pela manhã, os coronéis tenentes Julio Herrera e Julio Cesar Galindo, em nome de um "movimento dos militares", disseram a meios de comunicação do país que um governo civil-militar deveria substituir Mesa.
O comandante das Forças Armadas classificou a declaração como "irresponsável e inapropriada". O ministro boliviano de Defesa, Oscar Arredondo, prometeu julgar os dois oficiais em uma corte militar, descrevendo o caso como um incidente isolado.
Em entrevista dada à estação de rádio Erbol, Herrera defendeu a nacionalização das reservas de gás natural e a convocação de uma assembléia constitucional para "determinar os passos a serem tomados". As exigências são parecidas com as feitas pelos manifestantes indígenas que lotam La Paz.
Mesa, um político independente com poucos aliados no Congresso, prometeu na terça-feira continuar no cargo até o final de seu mandato, em agosto de 2007.
As imagens dos protestos na Bolívia.As informações são da agência Reuters.
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