| 03/06/2005 12h50min
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em greve reconhecem que a paralisação prejudica o público, mas ressaltam que um dos objetivos é buscar formas de melhorar o atendimento. As informações foram divulgadas nesta sexta, dia 3, pelo diretor da Secretaria de Organização da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Sandro Alex de Oliveira César. Além de reajuste salarial, os funcionários reivindicam o aumento do quadro de pessoal e a modernização do sistema de informática usado pelos funcionários.
De acordo com César, muitas vezes, o fato de uma agência do INSS estar aberta não quer dizer que o atendimento ao público esteja sendo feito de maneira adequada, já que faltam condições de trabalho para os servidores.
– Às vezes o funcionário está atendendo alguém e dá um problema no programa, daí o cidadão sai da agência como entrou, insatisfeito e sem o atendimento, devido à falha operacional do sistema– afirmou.
A greve iniciada na quinta, dia 2, já paralisou o atendimento em cerca de 70% dos 1.114 postos do país, de acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Ainda na pauta de reivindicações, há uma nova tabela salarial a partir da incorporação da integralidade do Plano de Cargos e Salários, a incorporação de todas as gratificações ao salário e a complementação do salário-mínimo. Eles também querem que o piso salarial seja o valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Economia e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) (em torno de R$ 1.500,00) e que a diferença de remuneração entre as carreiras seja de 5%.
Na quinta, sindicalistas representantes dos servidores em greve se reuniram com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para negociar as reivindicações, mas não houve acordo para pôr fim à greve. Após a reunião, o ministro disse que o diálogo com os trabalhadores terá continuidade, dentro dos limites orçamentários.
As informações são da Agência Brasil.
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