| 22/06/2005 23h49min
Pelo segundo ano consecutivo, um clube do interior paulista cala a torcida carioca e conquista a Copa do Brasil. Ano passado foi o Santo André, que bateu o Flamengo na final. Agora foi a vez do Paulista, de forma merecida, conquistar o torneio. Nesta quarta, dia 22, em um Estádio São Januário completamente lotado, o time de Jundiaí soube se defender com bravura e segurar um empate em 0 a 0 contra o Fluminense para conquistar o título mais importante de sua história. Em 96 anos de existência, essa foi a primeira vez que o Paulista participou do torneio. Logo na estréia, o clube de Jundiaí desbancou seis grandes clubes do futebol brasileiro, todos da Série A, fazendo uma campanha incontestável.
O Fluminense fez o seu papel. Partiu para o ataque desde o primeiro minuto de jogo, pressionou o Paulista contra seu próprio campo mas desperdiçou algumas chances claras que poderiam ter mudado a história da partida. Já o técnico Abel Braga, que dirigia o Flamengo na derrota do ano passado, voltou a perder a decisão para um clube do interior de São Paulo. Com a conquista, o Paulista é o primeiro time brasileiro a garantir uma vaga na Copa Libertadores 2006.
O primeiro tempo foi marcado pela forte pressão do Fluminense que começou o jogo incentivado pela torcida que lotou o Estádio de São Januário. Só que o predomínio tricolor não se transformou em gols. Apesar de jogar os 45 minutos dentro do campo do Paulista, o tricolor carioca criou poucas chances reais de gol. A equipe de Abel Braga conseguiu a sua primeira chance de gol apenas aos 25 minutos, quando Diego chutou cruzado e Tuta não conseguiu completar a jogada.
O Paulista não sabia como sair da pressão e seus zagueiros tinham que se esforçar para tirar as seguidas bolas levantadas pelo Fluminense na área do goleiro Rafael. Aos 36 minutos, Leandro fez boa jogada pela direita e cruzou para Tuta cabecear por cima da trave. Nos minutos finais do primeiro tempo, o Paulista passou a trocar passes para tentar esfriar o time adversário, mas não conseguiu criar uma jogada sequer de perigo para o gol de Kléber.
O Fluminense voltou com Léo Guerra no lugar de Diego numa tentativa de Abel de dar mais força ofensiva ao time. E logo aos quatro minutos, o tricolor carioca desperdiçou uma grande oportunidade quando Fabiano Eller deu bom passe a Tuta, que, por sua vez, concluiu mal. Um minuto depois, Leandro cruzou, e Juan, livre, completou para fora. Os cariocas continuavam com a bola nos pés enquanto o Paulista renunciava a qualquer ambição ofensiva, apenas se defendendo da pressão tricolor.
Aos 15 minutos, Rafael faz grande defesa em chute de Juan e, aos 19, Léo Guerra perdeu uma grande chance para abrir o marcador, cabeceando para fora quando estava livre na grande área. A torcida começou a se desesperar e os jogadores do Fluminense ficaram cada vez mais nervosos. O jovem Toró entrou no lugar de Juninho e proporcionou uma grande oportunidade para Leandro, que concluiu mal.
Nos minutos finais, enquanto a torcida tricolor procurava o caminho de casa, os jogadores do Paulista desistiram de qualquer pretensão ofensiva e se concentraram na defesa para deixar o tempo passar e, em seguida, comemorar o grande momento da sua história.
Com informações da Gazeta Press.
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