A Europol havia advertido em seu último relatório que o Reino Unido era o alvo principal da Al-Qaeda ou seus filiados, e que nas operações que desarticularam diversas células terroristas havia provas de planos de ataques em grande escala em território britânico. O informe analisava a ameaça terrorista na Europa entre outubro de 2003 e outubro de 2004 e foi aprovado pelos ministros de Justiça e Interior da União Européia (UE) em abril passado.

Segundo o texto, a ameaça da Al-Qaeda e de organizações próximas e simpatizantes é a "principal preocupação para a segurança da UE", mas o nível varia em cada país-membro. No caso do Reino Unido, a análise da Europol afirmava que a ameaça do terrorismo internacional "continua sendo real e grave" já que Osama bin Laden colocou países europeus aliados dos EUA como seus alvos, como Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Noruega e Polônia.

O relatório destaca que interesses britânicos (o consulado e a sede do banco HBSC) foram alvo de ataques terroristas islâmicos em Istambul em novembro de 2003 e que alguns cidadãos do Reino Unido foram seqüestrados na Arábia Saudita e no Iraque.

Também no Reino Unido foram descobertas "significativas tramas terroristas" em março e agosto de 2004 e se acredita que estas células estavam planejando grandes ataques em território britânico.

A ameaça não é só da Al-Qaeda, já que há outros grupos islâmicos inspirados por Bin Laden que pretendem desenvolver uma violenta "jihad" (guerra santa) contra EUA e aliados, como o mostra a onda de seqüestros no Iraque. Estes grupos também podem "voltar sua atenção para o Ocidente da mesma forma", conforme o relatório.

A Europol afirma que os atentados de 11 de março de 2004 em Madri demonstraram a capacidade de um grupo inspirado na Al Qaeda de preparar um ataque inesperado contra civis na Europa. Os ataques na Espanha e a desarticulação de várias células terroristas em diversos países-membros demonstram "a contínua vontade da Al-Qaeda e suas organizações de atacar dentro das fronteiras da UE e de influir na vida diária de seus habitantes".

As informações são da agência EFE.

Imagens dos atentados em Londres