A Scotland Yard mobilizou seus agentes mais experientes na luta antiterrorista para participar das operações de busca dos terroristas que cometeram os atentados de ontem, em Londres, que até o momento deixaram pelo menos 50 mortos e cerca de 700 feridos.

De acordo com fontes policiais, os atentados poderiam ter sido cometidos por uma célula terrorista, que teria ligação com a rede Al-Qaeda, possivelmente ainda em atividade.

O comissário-chefe da polícia metropolitana de Londres, Ian Blair, disse que os atentados – que atingiram estações do metrô e um ônibus – "têm todos os traços de ser obra da Al-Qaeda".

A afirmação de Blair se baseia, principalmente, no "modus operandi" da ação, já que não houve um aviso prévio, do que se deduz que o objetivo do ataque era deixar o maior número possível de vítimas.

Pouco após os atentados, os serviços secretos e as forças antiterroristas britânicas começaram as operações para deter os autores, em uma ação que também tem a colaboração de agências de outros países.

A polícia não quis dar números exatos sobre quantos agentes estão exclusivamente mobilizados para buscar suspeitos, mas fontes da luta antiterrorista comentaram que a operação tem a participação de um número "considerável" de funcionários.

Além disso, há intensos trabalhos na revisão das fitas gravadas pelas câmeras de vigilância das estações de metrô onde aconteceram as explosões (Liverpool Street, King's Cross e Edgware Road), para tentar encontrar pistas ou indícios que levem à identificação de possíveis suspeitos.

Também há a análise da gravação de uma câmera de vigilância de tráfego que obteve as primeiras imagens do ônibus da linha 30 onde uma bomba explodiu, na passagem do veículo pela Tavistock Square, nas imediações do Museu Britânico.

–As gravações de vídeo são cruciais nesta operação – disse uma fonte dos serviços de segurança, que também apelou para a colaboração dos cidadãos como elemento determinante para a captura dos terroristas.

As informações são da EFE.