O terrorista suicida que provocou a morte de 56 pessoas e feriu outras 90 na localidade de El Messeb, ao sul de Bagdá, havia se juntado a uma multidão de xiitas antes de detonar os explosivos.

Um porta-voz do Ministério do Interior iraquiano qualificou o atentado "como a maior ação terrorista contra civis" cometido até o momento em seu país.

O atentado ocorreu em um posto de gasolina próximo a uma mesquita xiita onde estavam reunidos fiéis para a oração do entardecer. O terrorista teria detonado o explosivo junto a um caminhão-tanque que se aproximava para reabastecer o posto de gasolina. A explosão provocou um incêndio, que atingiu casas próximas, segundo testemunhas.

El Messeb está dentro do chamado triângulo da morte, um cinturão de localidades com população mista xiita e sunita, onde os grupos rebeldes sunitas cometem atentados com freqüência contra delegaciais, quartéis e mesquitas xiitas.

O atentado desta tarde se soma a outra série de ações violentas registradas hoje no Iraque nas quais morreram mais de 20 pessoas e mais de 40 ficaram feridas. O sábado também foi marcado pela informação de que 11 soldados americanos são acusados pelo comando militar de maltratar detidos.

O ataque mais sangrento, em que 10 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas, foi cometido por um suicida que jogou seu carro-bomba contra um posto de controle misto do exército e da polícia iraquiana, na localidade de Al Eskanderiya, cerca de 60 quilômetros ao sul de Bagdá, informaram fontes policiais. Poucas horas antes, em Mossul, cerca de 450 quilômetros ao norte de Bagdá, cinco agentes da ordem morreram quando um suicida detonou a carga explosiva dentro de uma delegacia. O terceiro incidente ocorreu no bairro de Al-Daura, onde cinco pessoas morreram – dois membros das forças antiterroristas iraquianos e três civis –- pela explosão de um carro-bomba dirigido por um suicida.

As informações são da agência EFE.