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 | 19/07/2005 15h21min

Álvaro Dias quer que ex-diretor do BB deponha na CPI

Pizolatto é acusado de receber dinheiro de Marcos Valério

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou hoje requerimento para que o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato seja convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios. Pizolatto entrou com pedido de aposentadoria na semana passada em meio a denúncias de que recebia dinheiro do publicitário mineiro Marcos Valério, acusado de ser operador do suposto mensalão.

Na semana passada, o BB rescindiu o contrato com a agência de publicidade DNA para evitar danos à imagem da instituição. O contrato com a DNA tinha validade até setembro deste ano.

O Ministério Público, a CPI dos Correios e a Polícia Federal investigam um saque de R$ 326 mil de um ex-auxiliar de Pizzolato nas contas da empresa DNA, de Marcos Valério, no ano passado. O contínuo da Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) Luiz Eduardo Ferreira da Silva, conhecido como Duda, retirou o dinheiro numa agência do Banco Rural no Rio de Janeiro e o entregou a Pizzolato.

Duda teria sido pressionado a dizer que o dinheiro era seu pelo diretor comercial da BB Veículos, Antônio Batista Brito, pelo gerente do núcleo do Centro Cultural do BB no Rio de Janeiro, Josenilton Alves Rodrigues, e pelo próprio Pizzolato. O Conselho Diretor do Banco do Brasil abriu ontem processo para investigar a conduta de Antônio Brito e Josenilton Rodrigues.

Segundo a assessoria do BB, as investigações, que não têm prazo definido para terminar, serão conduzidas por uma auditoria que enviará todos os dados para a área de Ética da instituição. Caso seja comprovado o envolvimento dos dois nas denúncias, eles serão punidos. A cada semana, o comando do banco tem se reunido para decidir cortes. Já deixaram a instituição Luiz Eduardo Franco de Abreu (vice-presidente de Finanças), Edson Monteiro (vice-presidente da Área de Varejo) e Pizzolato (diretor de Marketing).

A próxima mudança deverá ocorrer ainda nesta semana, quando o presidente do Banco Popular do Brasil, Geraldo Magela, deixará o cargo para concorrer às eleições para o governo do GDF, em 2006. Outro nome cotado para ser substituído no banco é do vice-presidente de Tecnologia e Informática, José Luiz de Cerqueira César, que não faz parte do quadro de pessoal do banco e foi indicado pelo PT.

As informações são da Agência O Globo.

 
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