| 22/07/2005 22h43min
Os atentados que ocorreram na madrugada deste sábado (hora local) no balneário turístico de Sharm el-Sheikh, no Egito, deixaram até agora 49 mortos, segundo declarou o governador do Sul do Sinai, Mustafah Azizi.
Pouco antes, o Ministério do Interior fez público um comunicado no qual se reconhece a natureza terrorista das explosões, e assegura que houve pelo menos dois carros-bomba usados nos ataques.
O número de feridos supera os 200, dos quais cem estão em estado crítico, garante a polícia egípcia. As fontes agregaram que entre as vítimas há cidadãos egípcios, catarianos, kuwaitianos, britânicos e holandeses.
A polícia informou que foram vários os carros-bomba que explodiram em diferentes pontos turísticos. Testemunhas contabilizam sete explosões.
A explosão do primeiro carro-bomba teria ocorrido por volta de 1h15min (19h15min de sexta em Brasília) e foi de tal intensidade que pôde ser ouvida a mais de um quilômetro de distância.
Os ataques na cidade costeira de Sharm el-Sheik, se confirmada a motivação terrorista, será o quarto contra alvos turísticos no Egito em apenas nove meses.
O primeiro atentado foi em outubro, na cidade de Taba, extremo nordeste do Sinai, junto da fronteira com Israel. Morreram 34 pessoas, a maioria delas israelenses.
Em 7 de abril, outro suicida atacou um grupo de turistas em pleno centro de Cairo, no bazar de Khan al Jalili, e matou três estrangeiros e feriu outras 18 pessoas. Apenas três semanas depois, em 30 de abril, dois atentados quase simultâneos contra grupos de turistas acabaram com a vida de três terroristas, dois deles mulheres, sem que nenhum estrangeiro ficasse ferido gravemente.
Segundo as cifras oficiais, nesta temporada se esperava que o Egito batesse um novo recorde de visitas, depois que em 2004 chegaram a este país 8 milhões de turistas. O turismo é a principal fonte de rendimentos do Egito, correspondendo a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e garantindo trabalho direto a 650 mil pessoas.
Nos anos 90, o Egito viveu uma onda de atentados terroristas contra turistas, que prejudicou o setor durante vários anos. O mais grave data de 1997, quando morreram 58 turistas.
As informações são da agência EFE.
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