| 25/07/2005 03h17min
O local onde o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27 anos, foi morto com cinco tiros em Londres na última sexta-feira, está recebendo flores, velas, cartazes de homenagem e manifestações de indignação. Amigos de Jean e desconhecidos visitaram ontem a estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, e fizeram dois minutos de silêncio em sua lembrança.
A família de Menezes, 27 anos, morto pela polícia britânica ao ser confundido com um terrorista, aguarda a liberação do corpo. O governo britânico afirma que o corpo de Jean é importante até a conclusão das investigações e não dá prazos.
A mineira Leide Menezes de Figueiredo, 17 anos, disse esperar que o corpo do primo volte para o Brasil em até 15 dias.
- Nossos primos em Londres estão resolvendo isso - afirmou.
Alex Pereira, primo de Jean que mora em Londres, disse que pretende repatriar o corpo o mais rápido possível.
Vivian Menezes, que morava com Jean em
Londres, se disse %26quot;indignada%26quot; e afirmou que as
informações fornecidas pela polícia sobre o caso %26quot;deixam muito a desejar%26quot;, apesar do apoio prestado.
- Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente - afirmou.
Segundo familiares e amigos, o brasileiro tinha visto de residência de cinco anos no país.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que o governo britânico prometeu fazer uma investigação %26quot;completa%26quot; sobre a morte do brasileiro.
- A garantia que me deram é de que haverá uma investigação plena. Não só das circunstâncias da morte, mas de todo o processo que levou a ela - disse.
Amorim ressaltou que o governo britânico ainda não falou em indenização.
- Acho que as investigações têm que preceder a qualquer ação deste tipo. Mas acho que a admissão do erro já deve implicar em alguma ação desse tipo.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.