| 25/07/2005 03h17min
O Governo do Reino Unido pediu desculpas ao do Brasil pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, executado a tiros pela polícia em Londres.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, reuniu-se ontem no Foreign Office com o subsecretário de Estado do Reino Unido para a América Latina, David Treisman, para pedir explicações sobre a morte por engano de Menezes, na estação de metrô de Stockwell, no Sul de Londres.
Em declarações à imprensa ao término da reunião, Amorim disse que Treisman expressou o pesar do governo britânico e prometeu uma investigação, embora deva levar algum tempo. Segundo o chanceler brasileiro, durante a reunião no Foreign Office ele falou por telefone com o chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, que também reiterou as desculpas do Reino Unido.
Amorim destacou que o Brasil é solidário ao Reino Unido na luta contra o terrorismo, mas que é importante ser cauteloso nesta ação.
O
Governo brasileiro tinha solicitado uma reunião
com Straw para que fossem explicadas as circunstâncias da morte de Menezes. O jovem foi morto num trem da estação de Stockwell, depois de ter sido perseguido por agentes vestidos à paisana.
O rapaz, nascido em Gonzaga (MG), tinha saído de um local que era vigiado pelas forças de ordem por sua possível relação com os atentados da última quinta-feira.
O jovem eletricista pulou a roleta da estação e entrou num trem sem dar ouvidos às ordens dos policiais, que aparentemente atiraram nele cinco vezes à queima-roupa.
O comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, que inicialmente afirmou que o homem morto estava diretamente vinculado com a investigação sobre os ataques, pediu desculpas hoje.
- Esta é uma tragédia. A Polícia Metropolitana assume toda a responsabilidade. À família, só posso expressar meu profundo pesar - disse Blair à rede de TV Sky News.
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