| 03/08/2005 19h58min
O Estádio do Morumbi vai tremer nesta quinta-feira. Não bastasse a rivalidade natural entre São Paulo e Palmeiras, alguns ingredientes extras ajudam a aumentar o tempero do clássico paulista, que começa às 21h45min, pela 17ª rodada do Brasileirão.
Para o Palmeiras, será mais uma chance de marcar um gol sobre o rival, o que ainda não aconteceu em 2005. Até agora, foram três derrotas em três jogos e nenhum gol marcado. Começou com os 3 a 0 do Paulistão e seguiu com as duas derrotas pelas oitavas-de-final da Libertadores: 1 a 0, no Palestra Itália, e 2 a 0, no Morumbi.
Na campanha da Libertadores, o desempenho do São Paulo no Morumbi foi perfeito. O time jogou sete vezes em casa e venceu todas, sofrendo apenas três gols. O problema é que dois deles foram marcados pelo atacante argentino Gioino, então defendendo a Universidad de Chile e agora titular do Palmeiras.
– Aquilo é coisa do passado. Temos que pensar só neste jogo, que é um clássico muito importante para o Palmeiras – disse o modesto atacante.
Outra arma do verdão é o técnico Emerson Leão, que, curiosamente, comandava o São Paulo naquela partida contra o time de Gioino. Agora, ele estará no banco de reservas palmeirense, com a vantagem de conhecer bem o rival e seus jogadores.
– Ele conhece nossa equipe, é verdade, mas tentaremos fazer algumas coisas diferentes para surpreender – adiantou o meia são-paulino Souza, que não sente nem uma pontinha de saudades do ex-técnico.
– Ele dava o treino dele e não conversava com ninguém. Não que o Paulo Autuori não seja sério, mas o professor Leão não permitia qualquer brincadeira – justificou.
Outro que não guarda boas lembranças daquele tempo é o lateral-esquerdo Júnior, que chegou a ficar na reserva no final de 2004. Agora, às vésperas do reencontro, o jogador fez algumas críticas ao desafeto, que respondeu com ironia.
– Fico um pouco surpreso ao ver o Júnior dizer isso. Antes, ele só me elogiava publicamente. Mas só dois jogadores falaram mal, e isso mostra que 90% aprovaram o meu trabalho – rebateu o técnico.
O meia estreante Richarlyson é mais um nome na lista de insatisfeitos. Ele chegou a ser anunciado como reforço do Palmeiras, mas mudou de idéia, pulou o muro e acertou com o São Paulo. Na época, foi ironizado por Salvador Hugo Palaia, diretor de futebol do verdão.
– Fico motivado com isso, não seria verdadeiro dizer que não. É uma coisa que surgiu da cabeça dele para tentar me atrapalhar, mas isso não vai acontecer – garantiu o são-paulino.
Outro ingrediente importante do clássico é a necessidade de vitória dos dois times. Principalmente do São Paulo, que não vence há cinco jogos. Com 17 pontos, o time do Morumbi está na 16ª posição e pode ir para a zona de rebaixamento em caso de nova derrota. O Palmeiras está em 13º lugar, com 21 pontos, e também precisa dos três pontos para não se aproximar do “inferno”.
Para voltar à boa fase, Autuori decidiu mudar o time. Além de Richarlyson, que estréia no lugar de Diego Tardelli, Souza entra na ala-direita no lugar de Cicinho, suspenso. A zaga será novamente formada por três homens, devido aos retornos de Alex e Fabão. Com as alterações, o time entrará em campo no cauteloso esquema 3-6-1.
Do outro lado, Emerson Leão também promoverá alterações. Pedrinho, que estava suspenso, volta ao time, e Juninho vai para o banco de reservas. A defesa também terá três zagueiros: Daniel, Gamarra e Leonardo Silva. Baiano, que vinha sendo substituído por Corrêa, recuperou a posição na ala-direita.
Com informações da Agência Placar.
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