| 25/12/2001 22h17min
O Caxias contratou um grupo de advogados especializados em justiça desportiva em Porto Alegre, para tirar do Figueirense a vaga na Série A do Brasileirão de 2002. Os advogados atuarão em parceria com outro, no Rio de Janeiro, este último com experiência de ter atuado especificamente no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Um verdadeiro time de juristas vai tentar fazer com que o artigo 299 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF) seja cumprido. Se isso acontecer, o Figueirense deve receber punição pela invasão de parte da torcida no gramado do Estádio Orlando Scarpelli, no último sábado, quando ainda faltavam dois minutos para o término do tempo de acréscimos.
As principais provas são as imagens da televisão, que mostram nitidamente o momento de exaltação e ansiedade do torcedor catarinense, que não esperou pelo apito final do árbitro Alfredo Santos Loebeling para comemorar a vaga na primeira divisão. Além disso, recortes de jornais, material fotográfico e depoimentos de rádio também serão anexados ao processo.
– Também pretendemos incluir, pelo menos, uma prova testemunhal que, com certeza, será muito importante – afirmou Daniel Cravo Souza, um dos coordenadores da Baetghen & Santos Advogados Associados, de Porto Alegre.
A partir daí, não há nada mais a fazer a não ser esperar pelo conteúdo da súmula do árbitro paulista, que deve ser entregue hoje pela manhã na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
– Precisamos saber o teor do documento para formular a defesa. Devemos receber uma cópia da súmula à tarde, e penso em começar a estruturar tudo logo depois disso –afirmou Souza.
O julgamento, por enquanto, ainda é uma incógnita. Dificilmente, acontecerá até sexta-feira, o que vai estender a questão até o próximo ano.
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